segunda-feira, 30 de junho de 2008
SÃO PEDRO E SÃO PAULO - 29 de JUNHO
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Senhor, se queres, podes me curar.
Evangelho:
quarta-feira, 25 de junho de 2008
REDEMPTORIS MATER
1. A MÃE DO REDENTOR tem um lugar bem preciso no plano da salvação, porque, "ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher, nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que nós recebêssemos a adopção de filhos. E porque vós sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! Pai!"" (Gál 4, 4-6).
Com estas palavras do Apóstolo São Paulo, que são referidas pelo Concílio Vaticano II no início da sua exposição sobre a Bem-aventurada Virgem Maria, desejo também eu começar a minha reflexão sobre o significado que Maria tem no mistério de Cristo e sobre a sua presença activa e exemplar na vida da Igreja. Trata-se, de facto, de palavras que celebram conjuntamente o amor do Pai, a missão do Filho, o dom do Espírito Santo, a mulher da qual nasceu o Redentor e a nossa filiação divina, no mistério da "plenitude dos tempos".
Esta "plenitude" indica o momento, fixado desde toda a eternidade, em que o Pai enviou o seu Filho, "para que todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16). Ela designa o momento abençoado em que "o Verbo, que estava junto de Deus, ... se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1, 1. 14), fazendo-se nosso irmão. Esta "plenitude" marca o momento em que o Espírito Santo que já tinha infundido a plenitude de graça em Maria de Nazaré, plasmou no seu seio virginal a natureza humana de Cristo. A mesma "plenitude" denota aquele momento, em que, pelo ingresso do eterno no tempo, do divino no humano, o próprio tempo foi redimido e, tendo sido preenchido pelo mistério de Cristo, se torna definitivamente "tempo de salvação". Ela assinala, ainda, o início arcano da caminhada da Igreja. Na Liturgia, de facto, a Igreja saúda Maria de Nazaré como seu início, por isso mesmo que já vê projectar-se, no evento da Conceição imaculada, como que antecipada no seu membro mais nobre, a graça salvadora da Páscoa; e, sobretudo, porque no acontecimento da Incarnação se encontram indissoluvelmente ligados Cristo e Maria Santíssima: Aquele que é o seu Senhor e a sua Cabeça e Aquela que, ao pronunciar o primeiro "fiat" (faça-se) da Nova Aliança, prefigura a condição da mesma Igreja de esposa e de mãe.
2. Confortada pela presença de Cristo (cf. Mt 28, 20), a Igreja caminha no tempo, no sentido da consumação dos séculos e procede para o encontro com o Senhor que vem. Mas nesta caminhada - desejo realçá-lo desde já - a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria, a qual "avançou na peregrinação da fé, mantendo fielmente a união com o seu Filho até à Cruz".
Refiro estas palavras tão densas, evocando assim a Constituição Lumen Gentium, o documento que, no último capítulo, apresenta uma síntese vigorosa da fé e da doutrina da Igreja sobre o tema da Mãe de Cristo, venerada como Mãe amantíssima e como seu modelo na fé, na esperança e na caridade.
Poucos anos depois do Concílio, o meu grande Predecessor Paulo VI houve por bem voltar a falar da Virgem Santíssima, expondo primeiramente na Carta Encíclica Christi Matri e, em seguida, nas Exortações Apostólicas Signum Magnum e Marialis Cultus, os fundamentos e os critérios daquela veneração singular que a Mãe de Cristo recebe na Igreja, assim como as formas de devoção mariana - litúrgicas, populares e privadas - em correspondência com o espírito da fé.
3. A circunstância que agora me impele também a mim a retomar este assunto é a perspectiva do Ano Dois Mil, que já está próximo, no qual o Jubileu bimilenário do nascimento de Jesus Cristo, nos leva a volver o olhar simultaneamente para a sua Mãe. Nestes anos mais recentes, foram aparecendo diversos alvitres que apontavam a oportunidade de fazer anteceder a comemoração bimilenária de um outro Jubileu análogo, dedicado à celebração do nascimento de Maria Santíssima.
Na realidade, se não é possível estabelecer um momento cronológico preciso para aí fixar o nascimento de Maria, tem sido constante da parte da Igreja a consciência de que Maria apareceu antes de Cristo no horizonte da história da salvação. É um facto que, ao aproximar-se definitivamente a "plenitude dos tempos", isto é, o advento salvífico do Emanuel, Aquela que desde a eternidade estava destinada a ser sua Mãe já existia sobre a terra. Esta sua "precedência", em relação à vinda de Cristo, tem anualmente os seus reflexos na liturgia do Advento. Por conseguinte, se os anos que nos vão aproximando do final do Segundo Milénio depois de Cristo e do início do Terceiro forem cotejados com aquela antiga expectativa histórica do Salvador, torna- se perfeitamente compreensível que neste período desejemos voltar-nos de modo especial para Aquela que, na "noite" da expectativa do Advento, começou a resplandecer como uma verdadeira "estrela da manhã" (Stella matutina). Com efeito, assim como esta estrela, conjuntamente à "aurora", precede o nascer do sol, assim também Maria, desde a sua Conceição imaculada, precedeu a vinda do Salvador, o nascer do "sol da justiça" na história do género humano.
A sua presença no meio do povo de Israel - tão discreta que passava quase despercebida aos olhos dos contemporâneos - brilhava bem clara diante do Eterno, que tinha associado esta ignorada "Filha de Sião" (cf. Sof 3, 14; Zac 2, 14) ao plano salvífico que compreendia toda a história da humanidade. Com razão, pois, no final deste Milénio, nós cristãos, que sabemos ser o plano providencial da Santíssima Trindade a realidade central da revelação e da fé, sentimos a necessidade de pôr em relevo a presença singular da Mãe de Cristo na história, especialmente no decorrer deste último período de tempo que precede o Ano Dois Mil.
4. Para isso nos prepara já o Concílio Vaticano II, ao apresentar no seu magistério a Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreia. Com efeito, se "o mistério do homem só se esclarece verdadeiramente no mistério do Verbo Incarnado" - como proclama o mesmo Concílio - então é necessário aplicar este princípio, de modo muito particular, àquela excepcional "filha da estirpe humana", àquela "mulher" extraordinária que se tornou Mãe de Cristo. Só no mistério de Cristo "se esclarece" plenamente o seu mistério. Foi assim, de resto, que a Igreja, desde o princípio, procurou fazer a sua leitura: o mistério da Incarnação permitiu-lhe entender e esclarecer cada vez melhor o mistério da Mãe do Verbo Incarnado. Neste aprofundamento teve uma importância decisiva o Concílio de Éfeso (a. 431), durante o qual, com grande alegria dos cristãos, a verdade sobre a maternidade divina de Maria foi confirmada solenemente como verdade de fé da Igreja. Maria é a Mãe de Deus ( = Theotókos), uma vez que, por obra do Espírito Santo, concebeu no seu seio virginal e deu ao mundo Jesus Cristo, o Filho de Deus consubstancial ao Pai. "O Filho de Deus ... ao nascer da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós ...", fez-se homem. Deste modo, pois, mediante o mistério de Cristo, resplandece plenamente no horizonte da fé da Igreja o mistério da sua Mãe. O dogma da maternidade divina de Maria, por sua vez, foi para o Concílio de Éfeso e é para a Igreja como que uma chancela no dogma da Incarnação, em que o Verbo assume realmente, sem a anular, a natureza humana na unidade da sua Pessoa.
5. O Concílio Vaticano II, apresentando Maria no mistério de Cristo, encontra desse modo o caminho para aprofundar também o conhecimento do mistério da Igreja. Maria, de facto, como Mãe de Cristo, está unida de modo especial com a Igreja, "que o Senhor constituíu como seu corpo". O texto conciliar põe bem próximas uma da outra, significativamente, esta verdade sobre a Igreja como corpo de Cristo (segundo o ensino das Cartas de São Paulo) e a verdade de que o Filho de Deus "por obra do Espírito Santo nasceu da Virgem Maria". A realidade da Incarnação encontra como que um prolongamento no mistério da Igreja - corpo de Cristo. E não se pode pensar na mesma realidade da Incarnação sem fazer referência a Maria - Mãe do Verbo Incarnado.
Nas reflexões que passo a apresentar, porém, quero referir-me principalmente àquela "peregrinação da fé", na qual "a Bem-aventurada Virgem Maria avançou", conservando fielmente a união com Cristo. Deste modo, aquele dúplice vínculo, que une a Mãe de Deus com Cristo e com a Igreja, reveste-se de um significado histórico. E não se trata aqui simplesmente da história da Virgem Maria, do seu itinerário pessoal de fé e da "melhor parte" que ela tem no mistério da salvação; trata-se também da história de todo o Povo de Deus, de todos aqueles que tomam parte na mesma peregrinação da fé.
É isto o que exprime o Concílio, ao declarar, numa outra passagem, que a Virgem Maria "precedeu", tornando-se "a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo". Este seu "preceder", como figura ou modelo, refere-se ao próprio mistério íntimo da Igreja, a qual cumpre a própria missão salvífica unindo em si - à semelhança de Maria - as qualidades de mãe e de virgem. É virgem que "guarda fidelidade total e pura ao seu esposo" e "torna-se, também ela própria, mãe ... pois gera para vida nova e imortal os filhos concebidos por acção do Espírito Santo e nascidos de Deus".
6. Tudo isto se realiza num grande processo histórico e, por assim dizer, "numa caminhada". "A peregrinação da fé" indica a história interior, que é como quem diz a história das almas. Mas esta é também a história dos homens, sujeitos nesta terra à condição transitória e situados nas dimensões históricas. Nas reflexões que seguem quereria, juntamente convosco, concentrar-me primeiro que tudo na sua fase presente, que aliás de per si não pertence ainda à história; e, contudo, incessantemente já a vai plasmando, também no sentido de história da salvação. Aqui abre-se um espaço amplo, no interior do qual a Bem-aventurada Virgem Maria continua a "preceder" o Povo de Deus. A sua excepcional peregrinação da fé representa um ponto de referência constante para a Igreja, para as pessoas singulares e para as comunidades, para os povos e para as nações e, em certo sentido, para toda a humanidade. É verdadeiramente difícil abarcar e medir o seu alcance.
O Concílio sublinha que a Mãe de Deus já é a realização escatológica da Igreja: "na Santíssima Virgem ela já atingiu aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é própria (cf. Et 5, 27)" - e, simultaneamente, que "os fiéis ainda têm de envidar esforços para debelar o pecado e crescer na santidade; e, por isso, eles levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a comunidade dos eleitos" A peregrinação da fé é algo que já não pertence à Genetriz do Filho de Deus: glorificada nos céus ao lado do próprio Filho, a sua união com o mesmo Deus já transpôs o limiar entre a fé e a visão "face-a-face" (1 Cor 13, 12). Ao mesmo tempo, porém, nesta realização escatológica, Maria não cessa de ser a "estrela do mar" (Maris Stella) para todos aqueles que ainda percorrem o caminho da fé. Se levantam os olhos para Ela nos diversos lugares onde se desenrola a sua existência terrena, fazem-no porque Ela "deu à luz o Filho, que Deus estabeleceu como primogénito entre muitos irmãos" (Rom 8, 29) e também porque "Ela coopera com amor de mãe" para "a regeneração e educação" destes irmãos e irmãs.
terça-feira, 24 de junho de 2008
SÃO JOÃO BATISTA - 24 de JUNHO
São Lucas narra com detalhes a anunciação do nascimento de João a seu pai Zacarias, sacerdote que fora escolhido naquele ano para servir no templo. Ora, Zacarias não acreditou nas palavras do anjo e por isso permaneceu mudo até que tudo se cumprisse. Se lermos no Evangelho, o Anjo Gabriel diz que João será "... grande diante do Senhor, não beberá vinho nem cerveja, e desde o ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo (Luc 1, 15).
A Bíblia nos diz que Isabel era prima e muito amiga de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: "Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus. Na despedida, as primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto. Assim os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da Salvação". É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo. Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avançada. Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício". Assim foi avisado Zacarias pelo anjo Gabriel. Conforme a indicação de Lucas, Isabel estava no sexto mês de gestação de João, que foi fixado pela Igreja três meses após a Anunciação de Maria e seis meses antes do Natal de Jesus. O sobrinho da Virgem Maria foi o último profeta e o primeiro apóstolo. "É mais que profeta, disse ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti". Ou seja, o primo João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus iniciar a sua própria missão terrestre. Lucas também fala a respeito da infância de João: o menino foi crescendo e fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel. Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitarei o caminho do Senhor..." Aos que o confundiam com Jesus, afirmava com humildade: "Eu não sou o Cristo". e "Não sou digno de desatar a correia de sua sandália". Sua originalidade era o convite a receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso o seu apelido de Batista. João Batista teve a grande missão de batizar o próprio Cristo. Ele apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo". Jesus, falando de João Batista, tece-lhe o maior elogio registrado na Bíblia: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista. Contudo o menor no Reino de Deus é maior do que ele". Ele morreu degolado no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica. São João Batista é um dos santos mais populares em todo o mundo cristão. A sua festa é muito alegre e até folclórica. Com muita música e danças, o ponto central é a fogueira, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comunicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
CONGRESSO DIOCESANO DO MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO - CURITIBA E SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Louvor - 14 de Junho de 2008
O Louvor deste sábado, dia 14 de junho estava muito bom, vi o quanto a misericórdia de Deus pode superar nossas expectativas. Quando o André ligou, quase sete da noite, dizendo que a casa estava fechada e ninguém havia chego ainda, eu começei a rezar para que Deus providenciasse e tomasse conta de tudo. Estava empolgado com tudo que estava ocorrendo no retiro da RCC e se algo desse errado eu ficaria frustrado, com certeza.
Já faz algum tempo que sentia a necessidade de pregar o tema que apresentei neste sábado (ver resumo abaixo), mas minhas vaidades atrasaram um pouco, afinal temos sempre a pretensão de agradar a todos, me esqueci das palavras de são Pedro - importa antes obedecer a Deus que aos homens - e pregar com desassombro. Tive certeza que não agradei a todos, mas aos que acolheram em seu coração as palavras, o céu tornou-se um pouco mais próximo.
- Abraça a Tua Cruz:
"Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á. Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?..." Mt 16, 24-26.
Eu não posso pregar o evangelho da prosperidade, pois o meu Senhor, para me salvar passou pelo sacrifício da cruz, não existe ressureição e vitória se a cruz. Quer a vida eterna, quer salvar a sua vida, então disponha-se a perdê-la, abrace sua cruz. De que vale um homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Se alguém quer abraçar o Senhor, sem a cruz, então procure as muitas igrejas que colocaram a cruz de lado e acreditam na pura prosperidade aqui na terra, a prosperidade do mundo. Lembrei do testemunho da conversão de Raniero Cantalamessa, conforme ele conta no livro Conduzidos Pelo Espírito.
- O frei Raniero Cantalamessa é um dos pregadores mais conhecidos no mundo, especialmente pelo caráter de pregador da casa pontifícia, ou seja, ele é o responsável por fazer as pregações ao Santo Padre nas sexta-feiras da quaresma e advento. Mas continuando, quando conheceu a renovação carismática, o frei foi convidado a fazer um retiro de kerigma nos Estados Unidos, aproveitando o fato de ter que viajar aos EUA ele aceitou fazer o retiro. Em um dos momentos do retiro, depois que o Senhor havia quebrado todo seu orgulho, durante a Efusão do Espírito Santo, o pregador do retiro pediu que as pessoas aceitassem Jesus como seu Senhor. Neste momento o frei olhou para a parede a sua frente e se deparou com um crucifixo, daqueles bem trabalhados, com bastante sangue, tentando retratar um pouco da realidade de Jesus na cruz, o frei através de uma palavra de "locução interior" sentiu Jesus a lhe falar - Não se engane Raniero, o Jesus que voce está aceitando, é esse aí, pregado na Cruz, não vão ser somente flores no seu caminho.
Da mesma forma hoje é de nós que o próprio Jesus exige, que o aceitemos com a cruz, que tomemos nossa cruz e a sigamos. Ele pede uma adesão "louca" da nossa parte. Veja o que diz I Coríntios, capítulo 1, versículos 17 a 28. A sabedoria da cruz é loucura para o mundo, enquanto a sabedoria do mundo para Deus nada vale. Nós pregamos Cristo crucificado, escandalo e loucura para os que não o conhecem, porém àqueles que o conhecem, é sinal de vitória. Afinal foi lá na cruz, de braços abertos, ao custo de todo seu sangue, que Jesus venceu o mundo, a morte e a condenação, e só estamos hoje, onde estamos, graças ao sacrifício de Jesus na cruz. A Cruz é força e sabedoria de Deus.
Se você não pôde estar conosco no sábado, peço que agora, por um momento, faça esta oração: " Querido Deus, peço-te, coragem para abraçar minha cruz, mais ainda, para me abraçar à Cruz de Cristo, para assim ser lavado pelo Sangue redentor de meu Senhor, que escorreu por aquele madeiro, para minha salvação, quero ficar aos pés de tua cruz Jesus, e lá, olhando em teus olhos, cheios do sofrimento de toda humanidade aceitá-lo como meu Senhor e meu Salvador. Jesus, que eu tome minha cruz, por mais louca que pareça ao mundo essa decisão, mas eu a tomo e faço dela, minha fortaleze e minha sabedoria, só te peço forças para não desistir no meio do caminho. Amém."
Olha só a música que nosso ministério de louvor usou para fechar o nosso sábado.
Fiquem com Deus
Maykonn
terça-feira, 17 de junho de 2008
FICA COMIGO SENHOR
Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para não te esquecer. Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade.
Amém.
SÃO RANIERI DE PISA - 17 de Junho
A cidade de Pisa era, nos séculos XI e XII, um importante pólo comercial marítimo da Itália, que contribuía também no combate aos piratas sarracenos. Assim, paralelamente, ao burburinho dos negócios, a vida mundana da corte era exuberante e tentadora, principalmente para os mais jovens. Foi nessa época, no ano 1118, que Ranieri Scacceri nasceu em Pisa. Era filho único de Gandulfo e Emengarda, ambos de famílias tradicionais de nobres mercadores riquíssimos. A sua educação foi confiada ao bispo de Kinzica, para que recebesse boa formação religiosa e para os negócios. Porém Ranieri, mostrando forte inclinação artística, preferiu estudar lira e canto. E para desgosto dos pais e do bispo, seu tutor, ele se entregou à vida fútil e desregrada, apreciando as festas da corte onde se apresentava. Com isso, tornou-se uma figura popular e conhecida na cidade de Pisa. Aos dezenove anos de idade, impressionado com a vida miserável dos pobres da cidade e percebendo a inutilidade de sua vida, decidiu mudar. Contribuiu para isso o encontro que teve com o eremita Alberto da Córsega, que o estimulou a voltar para a vida de valores cristãos e a serviço de Deus. Foi assim que Ranieri ingressou no Mosteiro de São Vito, em Pisa, apenas como irmão leigo. Depois de viver, até os vinte e três anos de idade, recolhido como solitário, doou toda a sua fortuna aos pobres e necessitados e partiu em peregrinação à Terra Santa, onde permaneceu por quase quatorze anos. Viajou por todos os lugares santos de Jerusalém, Acre e outras cidades da Palestina, conduzindo a sua existência pelo caminho da santidade. Foi nessa ocasião que sua virtude taumatúrgica para com os pobres passou a manifestar-se. Vestido com roupas pobres, vivendo só de esmolas, Ranieri lia segredos nos corações, expulsava demônios, realizava curas e conversões. Já com fama de santidade, em 1154 retornou a Pisa e ao Mosteiro de São Vito, mas sempre como irmão leigo. Em pouco tempo, tornou-se o apóstolo e diretor espiritual dos monges e dos habitantes da cidade. Segundo os registros da Igreja, os seus prodígios ocorriam por meio do pão e da água benzidos, os quais distribuía a todos os aflitos que o solicitavam, o que lhe valeu o apelido de "Ranieri d'água". Depois de sete anos do seu regresso da longa peregrinação, Ranieri morreu no dia 17 de junho de 1161. E desde então os milagres continuaram a ocorrer por sua intercessão, por meio da água benzida com sua oração ou colocada sobre sua sepultura. Canonizado pelo papa Alexandre III, são Ranieri de Pisa foi proclamado padroeiro dos viajantes e da cidade de Pisa. A catedral dessa cidade conserva suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
SANTOS JULITA E CIRO - 16 de JUNHO
Julita vivia na cidade de Icônio, na Licaônia, atualmente Turquia. Ela era uma senhora riquíssima, da alta aristocracia e cristã, que se tornara viúva logo após ter dado à luz um menino. Ele foi batizado com o nome de Ciro, mas também atendia pelo diminutivo Ciríaco ou Quiríaco. Tinha três anos de idade quando o sanguinário imperador Diocleciano começou a perseguir, prender e matar cristãos.
Julita, levando o filhinho Ciro e algumas servidoras, fugiu para a Selêucia e, em seguida, para Tarso, mas ali acabou presa. O governador local, um cruel romano chamado Alexandre, tirou-lhe o filho dos braços e passou a usá-lo como um elemento a mais para sua tortura. Colocou-o sentado sobre seus joelhos, enquanto submetia Julita ao flagelo na frente do menino, com o intuito de que renegasse a fé em Cristo.
Como ela não obedeceu, os castigos aumentaram. Foi então que o pequenino Ciro saltou dos joelhos do governador, começou a chorar e a gritar junto com a mãe: "Também sou cristão! Também sou cristão!" Foi tamanha a ira do governador que ele, com um pontapé, empurrou Ciro violentamente, fazendo-o rolar pelos degraus do tribunal, esmigalhando-lhe, assim, o crânio.
Conta-se que Julita ficou imóvel, não reclamou, nem chorou, apenas rezou para que pudesse seguir seu pequenino Ciro no martírio e encontrá-lo, o mais rápido possível, ao lado de Deus. E foi o que aconteceu. Julita continuou sendo brutamente espancada e depois foi decapitada. Era o ano 304.
Os corpos foram recolhidos por uma de suas fiéis servidoras e sepultados num túmulo que foi mantido oculto até que as perseguições cessassem. Quando isso aconteceu, poucos anos depois, o bispo de Icônio, Teodoro, resolveu, com a ajuda de testemunhas da época e documentos legítimos, reconstruir fielmente a dramática história de Julita e Ciro. E foi assim, pleno de autenticidade, que este culto chegou aos nossos dias.
Ciro tornou-se o mais jovem mártir do cristianismo, precedido apenas dos santos mártires inocentes, exterminados pelo rei Herodes em Belém . Por isso é considerado o santo padroeiro das crianças que sofrem de maus-tratos. A festa de santa Julita e de são Ciro é celebrada pela Igreja no dia 16 de junho, em todo o mundo católico.
RETIRO DE CURA INTERIOR PARA SERVOS RCC CURITIBA
sexta-feira, 13 de junho de 2008
SANTO ANTONIO - 13 de Junho
Santo Antônio de Pádua é tão conhecido por seu nome de ordenação que chamá-lo pelo nome que recebeu no batismo parece estranho: Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Além disso, ele era português: nasceu em 1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis, e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal, instalando ali um mosteiro.
Os franciscanos eram conhecidos por percorrer caminhos e estradas, de povoado em povoado, de cidade em cidade, vestidos com seus hábitos simples e vivendo em total pobreza. Esse trabalho já produzia mártires. No Marrocos, por exemplo, vários deles perderam a vida por causa da fé e seus corpos foram levados para Portugal, fato que impressionou muito o jovem Fernando. Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio.
Entretanto seu destino não parecia ser o Marrocos. Mal chegou ao país, contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália. Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha.
Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas. Ele viajou por muitas regiões da Itália e, por três anos, andou pelo Sul da França, principal foco dessas heresias.
Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade. Ali, foi sepultado numa magnífica basílica romana. Sua popularidade era tamanha que imediatamente seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.
Na Itália e no Brasil, por exemplo, ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas. Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antonio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. No Brasil, ele é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas. No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.
Santo Antonio prega aos peixes. Reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo Antônio vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e chama os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão impressionados que logo se converteram. Este milagre encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do Padre Antônio Vieira que é considerado uma das obras-primas da literatura portuguesa.
Santo Antônio livra o pai da forca. Tinha havido um crime de morte em Portugal, onde nascera Santo Antônio. Todas as suspeitas do crime recaíam sobre o pai do santo.
Chegou o dia do julgamento. Os juízes estavam reunidos para proferir a sentença condenatória. Assentado ali no banco dos réus, seu pai não podia se defender.
Nesse momento Santo Antônio estava fazendo um sermão numa igreja da Itália. Conta-se que, em dado instante, ele interrompeu o sermão e ficou imóvel, como se estivesse dormindo em pé. Durante esse mesmo tempo foi visto na sala do júri, em Portugal, conversando com os juizes. Entre outras coisas, disse-Ihes o santo: Por que tanta precipitação? Posso provar a inocência do meu pai. Venham comigo até o cemitério.
Aceitaram o convite. Frei Antônio mandou abrir a cova do homem assassinado e perguntou ao defunto: "Meu irmão, diga perante todos, se foi meu pai quem matou você".
Para espanto dos juízes e de todos que ali estavam, o defunto abriu a boca e disse devagar, como se estivesse medindo as palavras:
"Não foi Martinho de Bulhões quem me matou". E tornou a calar-se. Estava provada de maneira milagrosa a inocência do seu pai. Mais uma vez a verdade triunfou sobre a mentira e a calúnia.
Operou-se aí dois fatos milagrosos, a bilocação, ou ato de uma pessoa estar (por milagre) em dois locais ao mesmo tempo, e o poder de reanimar os mortos.
Com o Menino Jesus nos braços: Outro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorre já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo Antônio após sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde, curioso, espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei Antônio; depara-se então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo Antônio. O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, faz conde Tiso jurar que só contaria o visto após a sua morte.
"Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo no cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque sacrificaste a tua vida por nós."
quinta-feira, 12 de junho de 2008
I Encontro Latino de Cura e Libertação
Testemunho de Neil Velez
Testemunho
Eu estava morrendo na cama de um hospital. Especialistas do Texas e da Califórnia viajaram à cidade de Nova York para me dizer que não podiam fazer mais nada por mim e que eu teria somente três meses de vida.
As válvulas do meu coração não estavam funcionando corretamente e surgiram tumores em minha cabeça, os quais faziam com que eu tivesse convulsões. Além do mais, um desses tumores oprimiu o nervo óptico deixando-me cego. Eu tinha hemorragias internas, vomitava sangue e caía banhado naquele líquido vermelho. Também padecia de meningite.
Enquanto me encontrava prostrado naquele quarto, debatia dia e noite com Deus. Minha discussão com o Senhor se centrava basicamente na seguinte passagem bíblica: 1 Pd 2,24, que dizia: "Por Suas chagas fomos curados". Eu tentava esquecer esse versículo mas não conseguia. A cada segundo que passava me sentia mais irritado com o Senhor. Por que eu estava tão irritado? Porque esse versículo me falava em um tempo passado. Não dizia que eu ia receber a cura ou que esperava ser curado, mas que eu já estava curado, há pouco mais de dois mil anos em uma cruz. Enquanto aquele versículo atestava que eu tinha saúde, o meu corpo me mostrava exatamente o contrário. Nasci enfermo e minha condição foi piorando até perder a vista e ficar prostrado em uma cama. Toda essa situação chegou a tal ponto que começei a gritar e a brigar com Deus, dizendo-lhe textualmente essas palavras: "Duas coisas estão acontecendo aqui: Tudo isso é mentira ou eu não te conheço". Nesse momento, escutei uma voz muito clara que me respondeu: "Meu filho, verdadeiramente tu não me conheces".
Eu passei minha vida inteira dentro da igreja. Pertenço à segunda geração de um ministério, meus pais e meus tios me levavam desde pequeno com eles a retiros e vigílias. Em outras palavras, não conheço outra vida que não seja de igreja em igreja. Dediquei toda minha vida ao Senhor, me formei e me preparei na Igreja, passando inclusive por um seminário. Com 12 anos eu já estava ministrando. E Ele dizia que eu não o conhecia.
A verdade é que eu acreditava conhecê-lo. E aí está a confusão de muitos que estão convecidos da mesma coisa que eu pensava naquela ocasião. Alguns consideram que por não faltarem nunca à Missa, receberem a Eucaristia diária e serem constantes na oração do rosário conhecem o Senhor profundamente. Outros estão convencidos de que por estudarem Filosofia, Teologia ou Psicologia o conhecem. Assim como há aqueles que até pregam sobre Jesus Cristo e ainda não sabem sobre quem estão falando. E eu era um destes! Acreditava saber sobre Ele, não só pela minha preparação como também pela minha educação e experiência, mas eu estava equivocado. Naquela noite descobri que eu estava longe de Deus. Representava o personagem bíblico, que fala de coisas sobre as quais não entendia, conhecia-nas somente de ouvir falar (cf. Jó 42, 1-6).
Quando o Senhor voltou a me falar eu compreendi a razão das palavras d'Ele. Como pude, desci da cama, me ajoelhei e começei a chorar como uma criança. Entre gemidos lhe disse as seguintes palavras: "É verdade, meu Deus. Eu não te conheço! Mas hoje quero te conhecer". Foi o dia em que fiz a oração mais importante da minha vida. Naquele momento, humildemente, abri mão de tudo o que eu pensava ser e ter, incluindo estudos, talentos, dons e formação. Naquele dia morri para mim mesmo e para tudo que eu tinha convicção de conhecer. Assim pude permitir que Deus nascesse em mim. Momentos antes de concluir a manifestação daquelas palavras, algo aconteceu comigo. Era uma dor tão forte que dava a sensação de que minha cabeça iria explodir. Quando senti que não podia mais resistir àquele tremendo sofrimento, começei a gritar como um louco naquele quarto. Gritei tanto que os médicos vieram correndo e entraram no quarto. Logo, de repente, aquela dor desapareceu e reinou a calma. Quando parei de chorar e sequei minhas lágrimas, abri meus olhos e notei que minha visão havia voltado. Estava contemplando o rosto daqueles médicos que me olhavam atônitos. Eu lhes dizia, cheio de emoção e alegria, que podia ver. Eles estavam maravilhados e em seguida começaram a fazer vários exames em mim e descobriram que os tumores e a meningite também haviam desaparecido.
Os médicos diziam não compreender o que havia ocorrido comigo. Diziam que era conveniente que eu não tivesse ilusão, já que, em muitas outras ocasiões, ocorreram alívios passageiros. Insistiam em me recordar que só me restavam três meses de vida e que esse fato era irreversível. Recordo-me de que, logo depois de escutar o que os médicos me informaram, ter lhes dito: "Obrigado por tudo o que vocês fizeram por mim. Mas eu não vou morrer!" Eles continuavam insistindo que eram especialistas em casos como esse e que não tinham a menor dúvida de que meu fim estava próximo. Por curiosidade, igualmente, me perguntaram: "Quem te disse que isso não ia ocorrer?" E eu lhes respondi: "Deus. Por Suas chagas eu fui curado". Então, eles me proibiram de fazer atividades e eu decidi pregar incansavelmente. Recordo-me de que, na minha debilitada condição, tomava a Bíblia, começava a pregar e ensinava o que Jesus Cristo nos deu através de sua Cruz. Pregava sobre essa passagem (1Pd 2,24) e até dava testemunho da minha cura. Muitos dos que caminhavam comigo diziam que eu estava mentindo, porque a verdade era que meus dias estavam contados.
Podem me chamar de louco ou fanático, ou seja, uma pessoa que cegamente crê em algo. Hoje eu estou em pé aqui, porque cegamente acreditei em Deus. Porque caminhava crendo em meu Deus. Porque quando eu desmaiava e caía no chão, logo em seguida me levantava novamente.
Deus não respeita homens, não faz distinção entre uns e outros, porque todos somos iguais diante d'Ele. Não olhe para mim como um super-homem. Você é filho de Deus! E o que Cristo fez na cruz o fez por você também. Por Suas chagas, as chagas do Crucificado, você também foi curado! A você basta acreditar nesse sacrifício que Ele fez por todos nós e confiar plenamente n'Ele. Jesus Cristo hoje diz a você: "Toma teu leito, vai para casa, porque já estás curado."
São João de Sahagun - 12 de Junho
João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.
O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente, ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade.
Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".
O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.
Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.
Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.
Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.
João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
RECONHECIMENTO
Entramos numa sala de trabalho cheia de anjos. O anjo-guia parou no primeiro departamento e disse:
- Esta é a área de Embalagem e Entrega. Aqui, as graças e bênçãos solicitadas são processadas e entregues às pessoas que as pediram, disse o Anjo.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
05 Junho - São Bonifácio
Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa. Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig.
Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes. Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano.
Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões. Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena consonância com a orientação central da Santa Sé. Bonifácio fundou o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã, só comparável ao italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos, igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França.
Incansável, com sua sede episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis. Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a Holanda. No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma. Mal iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada.
Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu, nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho. São Bonifácio é venerado como o "Apóstolo da Alemanha". Seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado essa vontade.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
04 de Junho - São Francisco Caracciolo
Escolhido superior da Congregação em Nápoles em 89 de marco de 1592 ele fez questão de fazer também as tarefas mais humildes da casa como varrer os corredores. Notável pelo seu trabalho junto aos pobres , era um fazedor de milagres e tinha o dom da profecia, e era um pregador muito popular em sua região, curava várias doenças apenas com sua benção e o sinal da cruz. O Papa Paulo V desejava que ele fosse Bispo mas recusou repetidamente, citando a o voto da Congregação que proibia aceitar qualquer alta posição na Igreja. No final de sua vida ele renunciou de suas funções e passou seu tempo em oração e a se preparar para a morte.
Varias vezes foi encontrado embaixo da escada da casa, em êxtase. No dia em que morreu, uma hora antes do amanhecer ele levantou-se e gritou :“Para o Céu” e logo depois faleceu.
Faleceu em 4 de junho de 1608 em Agnone, Itália. Suas relíquias estão parte em Nápoles e parte em San Lorenzo in Lucina, Roma. Beatificado pelo Papa Clemente XIV em 1769 e canonizado em 24 de maio de 1807 pelo Papa Pio VII. É padroeiro da Associação dos cozinheiros italianos, escolhido em 1838.